segunda-feira, 26 de outubro de 2009

1 minuto de silêncio.

O silêncio... Taí uma coisa que se assemelha imensamente aos meus antagonismos. Ele é a resposta para inúmeras coisas e a ausência desta para inúmeras outras. Esta coisinha simples que nos assola todos os dias em diversas situações indo de confortador até extremamente incômodo, tem a capacidade de preencher totalmente um espaço ou esvaziá-lo de um segundo para o outro. Como uma coisa tão abstrata pode significar tanta coisa e nenhuma coisa ao mesmo tempo? O silêncio, creio eu, tem onipotência, onisciência e onipresença. Às vezes fico pensando que deve ser ele quem detém a respostas de todas as perguntas e que ele é a verdade de todas as respostas... Uma coisa muito estranha mesmo de se pensar, mas para mim faz um enorme sentido. A minha cabeça raramente está em silêncio (quase nunca, ou nunca mesmo), tenho uma mente inquieta e cheia de coisas o tempo todo, mas quando consigo um segundo de silêncio mental encontro respostas pra quase todas as minhas perguntas. A sabedoria milenar do oriente prega isso há milênios, aquiete sua mente que as respostas virão... Medite. Coisa difícil de fazer nesta sociedade em que tudo o que se preza é o movimento, o barulho, a ação. Não digo que estas coisas não são essenciais, mas escutar-se, ouvir o som do silêncio é primordial para a sobrevivência. São nestas ocasiões que nos permitimos entender o que se passa ao nosso redor e em nós mesmos, é aí que podemos perceber o que está acontecendo na nossa vida e com a gente. Viver nesta roda-viva sem parar um minuto, sem pensar realmente, sem ouvir-se, faz da gente zumbis, meros repetidores e seguidores das idéias, desejos, sonhos, projetos que não nos pertencem de verdade, mas que nos são passados o tempo todo sem percebermos. Quem disse que quero ser ou estar onde estou? Às vezes somos atropelados pela multidão de idéias e de coisas desta sociedade pós-moderna, que nem nos damos conta, e seguimos sem perceber em que direção nossa vida está indo. Cheguei à conclusão que a razão disso acontecer, é não ouvirmos o silêncio. O Tudo contido no Vazio do Silêncio liberta a Alma e preenche a Mente com as verdadeiras Verdades. Façamos 1 minuto de silêncio diário pelo bem de nossa alma...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

OREM

Voltei!!! De uma saga de experimentações intensas!!! De vivências inesquecíveis!!! De coisas das quais quero me esquecer e daquelas que jamais me esquecerei... Nesta nova fase da minha vida tenho feito tudo aquilo a que tenho me proposto. Tenho vivido intensamente e corajosamente todos os pequenos e grandes momentos da minha vida. É incrível que eu tenha esperado tanto tempo para me permitir tanto e deixar aflorar este meu lado inconsequente de ser. Confesso de que gosto muito dele, apesar deste me criar imensos dilemas na minha cabecinha complicada! Convivo com a euforia de quebrar minhas regras pessoais e com o peso na consciência por fazê-lo. Estou me criando novamente, me descobrindo, me permitindo ser, e experimentar. E a sensação que isso me traz é maravilhosa, e de dever cumprido! Acho eu, que todo ser humano deveria passar por uma experiência destas em algum momento de sua vida. É recompensador ver que somos nós os responsáveis por tudo o que acontece, e pelo tudo que somos nesta vida! É como se nos sentíssemos invencíveis, capazes de tudo, donos de nós mesmos. Nada nos limita, NADA MESMO! A não ser nós mesmos e as imposições a que subjugamos a nossa vida. Viver é isso! Experimentar, ousar, permitir-se. Este planeta para mim, é uma planeta de experiências. Estamos aqui para vivê-las, e muito bem! Por isso, se você não ousa, não se permite, tente uma vez fazê-lo. Não digo que será indolor, mas te digo que será extasiante vencer seus próprios limites, sempre sabendo que os seus limites acabam quando começam os limites do outro. A experiência OREM serviu para mostrar a mim mesma, que sou um ser humano imperfeito em busca da perfeição, mas não daquela de conto de fadas. Esta é monótona e sem criatividade. Eu quero aquela dos contos pagãos de magia, onde se busca vencer seus limites, vencer seus medos, permite-se errar, e que se cria a cada dia. Não quero a vida calma e impassível de uma rocha e sim a vida inconstante e passível da água, que vai de vapor a gelo sem alterar sua essência. Porque como eu já disse um dia: EU NÃO SOU ALGO, EU ESTOU ALGO! Assim como nada é fixo neste Universo, eu permaneço em constante movimento e mudança. E QUE ASSIM SEJA sempre, porque nada é mais triste do que limitar-se.

sábado, 3 de outubro de 2009

"Incontinência Absoluta"

Enfim fiz as pazes comigo mesma! Chega desta palhaçada de sofrer por causas desconhecidas, ou criar dilemas pessoais inexistentes! Tenho que me aceitar com as incostâncias, com as maluquices, alterações de humor, mudanças de idéia, e todas as particularidades desse ser complexo e confuso que sou! Descobri, que curto esta complexidade, essa coisa de ser inconstante, de ter sempre uma surpresa a me esperar... tenho que parar de tentar querer ser coisas que não me pertencem, ou que passam bem longe desta minha múltipla personalidade. O complexo me fascina, o complicado me atrai, o inexplicado "me enebria, me entontece". Amo as coisas simples da vida, mas adoro pensar complexamente sobre elas. Acho que o diferencial de cada um está na "verdade de se ser de verdade" !! Estranho e confuso este termo, né? Mas acho que se encaixa perfeitamente no momento. Se todos fôssemos de verdade, todos seríamos insanos (mais saudáveis), únicos, autênticos e felizes! Já no meu caso, acho que peco por ser de verdade demais! Isso choca, assusta, afasta... Mas só sei ser deste jeito! Já fiz inúmeras tentativas frustradas de tentar manter uma imagem de "gente como toda a gente", e realmente foram todas sem sucesso algum. Não tenho o controle do que falo, do que penso, de como meu corpo reage às situações... Acho que meu problema é fisiológico, poderíamos chamar de incontinência de reações, de pensamentos ou de atitudes, ou melhor "incontinência absoluta". O ato de conter-se é admirável, às vezes... apesar de achar quase sempre, que este soa como um ato de covardia. Mas este predicado ou defeito me falta, e hoje aprendi que sou feliz sendo assim incontinente, imperfeita, mas de verdade.